Cirurgia bariátrica aumenta as chances de gravidez e a fertilidade
Obesidade severa prejudica hormônios femininos tornando a gravidez difícil e arriscada. Cirurgia bariátrica pode diminuir riscos, normalizar os hormônios e aumentar a fertilidade.

De acordo com a Dra. Josefina Matielli, endocrinologista integrante da Comissão de Especialidades Associadas (COESAS) da SBCBM, o tratamento cirúrgico da obesidade reduz o risco de diversas complicações como diabetes gestacional, eclâmpsia, parto prematuro ou até mesmo aborto espontâneo.
“A cirurgia melhora as condições para a gestação, mas não é uma solução mágica. As mulheres precisam se informar, falar com seu obstetra e estarem cientes de que deverão seguir as recomendações médicas para que os benefícios da operação sejam reais”, explica a Dra. Josefina, que ressalta ainda que é preciso acompanhamento médico contínuo e uma mudança no estilo de vida com dieta balanceada e uso de suplementos.
As mulheres que realizarem cirurgia bariátrica só poderão engravidar de forma segura após o primeiro ou segundo ano da operação. Este é o tempo que o corpo leva para se acostumar a sua nova realidade. É fundamental ter a orientação da equipe multidisciplinar responsável pelo tratamento cirúrgico da obesidade, além do obstetra responsável pela paciente.
Pelo aumento da fertilidade após a cirurgia bariátrica, é preciso evitar a surpresa de uma eventual gravidez indesejável durante este período. A endocrinologista afirma que para isso é preciso redobrar os cuidados contraceptivos. Ao iniciar a pílula, nos três primeiros meses a mulher deve usar anticoncepcional de maior dosagem e o parceiro preservativo, que serve de segurança extra para avaliar a absorção e segurança da medicação, com supervisão do ginecologista.
“Este é um tema que desperta muito interesse. No próximo Congresso da SBCBM iremos debater não apenas como a cirurgia bariátrica e metabólica favorece a gestação, mas também formas de evitá-la efetivamente porque o aumento de fertilidade é muito grande e exige cuidado não apenas das mulheres como também na preparação da equipe multidisciplinar que orienta a paciente”, afirma a endocrinologista.
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