Uma nova técnica menos invasiva de cirurgia bariátrica, por videolaparoscopia, passou a ser utilizada no início de 2012 por convênios de planos de saúde. Porém, esta técnica, que é considerada a melhor intervenção de procedimento cirúrgico para quem deseja reduzir o peso, não foi estendida para o Sistema Único de Saúde (SUS) e não apresentava previsões.
A videolaparoscopia é um procedimento feito com a ajuda de uma microcâmera, e tem a possibilidade de proporcionar ao paciente maior conforto durante e depois do ato cirúrgico, pois é menos invasiva. Oferece menos desconforto e menor tempo no pós-operatório.
O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Almino Cardoso Ramos, disse: “O procedimento já está consagrado e permite uma recuperação melhor e mais rápida, de cerca de 10 dias, contra 45 a 60 dias pelo método convencional, que abre a barriga. Só que o SUS alega que ainda precisa treinar suas equipes”.
Quando a nova técnica menos invasiva de cirurgia bariátrica será aplicada ao SUS
Segundo o médico, a SBCBM defende que avideolaparoscopia seja adotada pela rede pública ainda este ano, nem que seja em hospitais-piloto. Além disso, a sociedade quer a criação de um cadastro único de pacientes bariátricos para que haja um controle estatístico e um monitoramento detalhado deles nas fases pré e pós-operatórias da redução de estômago.
“Precisamos ter uma ideia desses números, pois ainda não sabe quantas pessoas necessitam de cirurgia hoje, já que a maioria está inscrita em três ou quatro programas do SUS. O objetivo é controlar melhor os pacientes, para estabelecer um critério de prioridade e gravidade”, afirma.
De acordo com o médico, esse cadastro provavelmente seria baseado no CPF da pessoa, para ter acesso a seus dados (se precisa perder peso, é hipertensa, diabética, etc) e localização. Pacientes graves, por exemplo, precisam perder em média 10% do peso corporal antes de entrar na sala de cirurgia, esclarece Ramos.
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